Natal
  O Natal é um menino arteiro
   Fugiu da babá, driblou o porteiro
  
   Já aqui na Terra a primeira arte
   foi pôr para dormir o tempo de guerra

   A segunda arte foi pôr para correr as forças
   do mal, que nos fazem sofrer

   Menino esperto tratou de entender o que
   Está a acontecer para nada dar certo

   Olhou bem nos olhos daqueles homens de
   olhar sisudo, querendo à força resolver tudo

   Nem precisou dar um jeito na situação
   Eles mesmo já andavam a dar cabo do coração

   Então o menino achou um tempinho para ir
   A um campinho. Parecia um menino maluquinho

   Chutava a bola  com jeito moleque e a danada até
   Parecia que os atravessava

   E todos davam aquela risada
   Riam por tudo e por nada

   O menino arteiro resolveu então baixar o calção
    A rir mais ainda, cada um tratou de ficar peladão

     E riram com o nunca se riu
     A bola rolava como nunca rolou

     Cada um tirava um coelho da cartola
      Para agradar o dono da Bola

      Muita gente foi chegando querendo saber o que é
      É o Natal ensinando o que é viver a fé

     Que riqueza para valer é um corpo menino
      Um jeito moleque de ser
    
      Saúde para dar e vender

                           Lita Moniz




     

Lita Moniz