PALINDROMIA
Entre leituras simétricas,
o reverso se revira
em verso
como
uma arara que pia,
como um jeito novo
e repetido de se
fritar esse ovo
no raiar do dia.
Como Ana,
em sua aba,
na baia,
com a aia,
a bia!
Como o ônibus
em Marrocos
no qual subi
e pedi SOS,
como nós,
tão sós,
no SUS
sob a
luz azul,
nos azuis,
da ala fria.
Como ele
tão oco,
a rir
nas salas,
das saias ..
A sacada da casa,
é seu radar
para
reviver,
e reler,
quando roer
o osso
da sua palindromia.