UM TOLO ROMEU

UM TOLO ROMEU

 

Nas veredas do sertão caatingueiro,

Onde os lagartos simbolizam calor,

O bom exemplo é do veado campeiro,

Que foge da mira de algum caçador.

 

Quem mata um bicho por ter fome,

Difere de quem o faz por esporte,

Pois se um é direito e tem nome,

O outro se diverte com a morte.

 

Eu já assisti uma roleta russa,

E quem soube da bala já morreu,

Mas a alma que não foi expulsa,

Pode ser que esteja com Deus.

 

Era até um bom membro da Yakuza,

Se é que alguém bom sobreviveu,

Mas o mundo só serve a quem usa,

Pois se abusa, é um tolo Romeu.

 

Quem vive de amores platônicos,

Deve aprender como é conviver,

Pois o amor será um antônimo,

Ao ser pra matar... por adoecer.

 

Se o mal se juntar à burrice,

Destrói o simbolismo da vida,

Faz o homem viver de canalhice,

Pois é tudo em que acredita.