TUDO IGUAL

Saio pelas ruas.

As mesmas pontes.

Os mesmos abrigos de desabrigados.

As mesmas e antigas pichações.

Quanto vale uma vaga na laje...

Sei não. Muito papelão.

Muita latinha...muita e muita.

Vírus à solta. Vacinas impostas.

A selva de concreto engole os egos.

Afaga os sentimentos menores.

Coisa de morte. Anunciada ou não.

A cidade é cruel e seus filhos são mortos.

Instantes se revezam nessa mortandade de horas.

Mas isso não é de agora.

Tem muitos e muitos governantes tranqueiras nas costas.

Muitos. Mais e mais papelão.

Na melhor acepção do termo.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 11/12/2023
Código do texto: T7951972
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