Viajantes da Ferrovia O trem continua a correr estrada a fora No silêncio da estrada transmutam agora Uma mistura de linhas que descarilham Nas mutáveis canções do pensar sertão A fome se dissipa nesse momento quão. Nos vãos fechados olhares se cruzam E descruzam a buscar lá fora a paisagem Dos verdes campos aos lagos a pastagem E para completar céu azul no ar folhagem. Segue o trem com o passado nos dentes Uma biblioteca de gente, visível sementes Um universo em explosão no correr dos ventos, A levarem riquezas por trás dos pensamentos.