UM TEMPLO REQUER PAZ
UM TEMPLO REQUER PAZ
Enquanto eu viver nessa cela,
Saberei que haverá um novo dia,
Mas eu sendo uma luz de estrela,
Já não sei qual conceito teria.
Geraria dias de vida incontida,
Sendo uma luz no braço de Órion,
Como tentáculo da água mais viva,
Mas louvando a paz que imploro.
O Universo é cheio de mistério,
Onde antevejo matéria e espírito,
Por onde anda o alegre e o sério,
Mas também os que seguem o rito.
Somos um templo que requer a paz,
Só que ainda teimamos em guerras,
Mas só a morte não nos satisfaz,
Se matamos a nós e à Mãe Terra.
Esses contrastes me fazem chorar,
E eu pergunto quais são os motivos,
Pois somos filhos do mesmo lugar,
Mas nos matam por fúteis motivos.
Em verdade, o homem é pura ganância,
E quer tudo o que nem vai desfrutar,
Quer comer e beber com ignorância,
Como corsários em guerras no mar.
Hoje eu lembro de Tróia e Cartago,
E os erros de Esparta ou de Roma,
Com a idéia que na morte lhes pago,
Mas a morte é como estado de coma.
Quem irá lucrar se mato palestino?
Como será que vou me dar o perdão,
Se eu fosse um sionista sem tino,
Como vejo aqui e até no Jordão.