Eclosão 

 

Delicados são os versos que tocam as folhas

Nas longas noites, nos curtos dias

Nas tristezas, nas alegrias

São saltos de cantos e euforias

 

Calejadas são as mãos a passearem no papel 

Quase sempre com um sabor de mel

Trás a força da chuva, trovões e legados

E uma estiagem igual a dos grandes cerrados.

 

No berço da solidão debruçam palavras,

Voam, voam das memórias ousadas.

Corregos de desilusões respingam na rua

Nos momentos que eclode a lua toda nua.