A CAUSA DO FIM

A CAUSA DO FIM

 

O Armagedom já se faz presente,

Quanto perdemos nossa civilidade,

Desejando a morte de um inocente,

Ou até fomentando uma atrocidade.

 

Somos o barbarismo que chuta o cão,

Ou até mesmo um tamanduá indefeso,

Quando já não amamos o nosso irmão,

E viver como rico é o nosso desejo.

 

Todos já se esqueceram do barbante,

Aquele que era camelo ante a agulha,

Que não passava, nem por um instante,

Porque o incêndio requer a fagulha.

 

Já não percebemos razões pra sorrir,

E o respeito à regra de sobreviver,

Que apenas anda, sem saber onde ir,

Pois planta o que nem sabe colher.

 

Todos querem a glória sem compasso,

E crêem na vitória que mata e furta,

Acham petróleo com olhos no espaço,

Mas não atentam que a vida é curta.

 

Lançam satélites e armam canhões,

Promovem guerras e até genocídio,

Pois não ouviram a Buda e Camões,

Morando na caverna de um hospício.

 

Só crêem em sombras e seus surtos,

Vivem da miséria, mas louvam a Deus,

Com esse Deus tendo um pavio curto,

E matam pra ter o que pode ser seu.

 

Por isso os bichos não são gente,

Pois o ser humano é tudo de ruim,

Se devora os pares e não pressente,

A culpa de ser toda causa do fim.