POESIA MUITO LOUCA
Quisera fossem minhas de verdade.
São não. De registro de nascimento, sim.
Mal nascem e caem no mundo.
E o mundo as absorve como um OB gigante.
Elas vão se pulverizando feito estrelas.
Novas, semi-novas, muitas grandezas.
Minhas poesias são do mundo.
Quando as invento, imagino galáxias.
E elas se vão, deixando rastros de imagens,
como cometas errantes.
Como céus de bocas loucas de amor.
As poesias que invento são assim,
mezzo abraços, mezzo quatro beijos.
Quem não experimenta, não sente
o sabor do manjericão fantasiado
de orégano.
Nem a borda recheada de surpresas.
Minhas poesias avuam mesmo.
Que nem peixe.