O que eu penso

O que é a vida?

Quem a bem define?

No que se embasa?

Quais as palavras que melhor exprimem

Em total destreza

O que de fato ela seja

Não falo da definição erudita

Encontrada nas relíquias

Me refiro à própria vida

Essa do dia a dia

Talvez alguém até possa

Defini-la da melhor forma

Mas o que penso

Talvez não seja à outro o que trará contento

Não sou filósofa

Nem vivi muitos anos

O que nesse tempo penso

Talvez mude com o tempo

Não sou dona da verdade

Nem pretenciono ser

Mas o que é o meu viver

Apenas eu posso dizer

O que me faz devagar

Por outras searas do pensar

As minhas palavras

Apenas buscam saciar-me

Não tenho a ingenuidade

De achar poder tocar

No que outros talvez pensem

Ser a máxima verdade

Mas o que em minha simplicidade

Penso ser a realidade

É que a vida é simples

Com grande complexidade

E nem todos os caminhos

Fazem parte de nossas escolhas

Muitas das coisas são verdadeiras somas

De muitas outras escolhas

Realizadas por outras pessoas

E que nos tomam

Sem muita escolha

Sorrir ou chorar

Ser amado ou sozinho andar

Estar triste em momentos

Feliz todo tempo

Não são apenas escolhas

São a soma das escolhas

De outras pessoas

E ainda assim poderia dizer

Que fazemos das escolhas do outro

O que quisermos escolher

E até concordo se só assim pudesse ser

Contudo por tantas vezes

Chorar é sentir

Sentir é viver

Essa sensibilidade não é escolha

É da personalidade

E isso também não escolhemos

Cinquenta porcento com ela nascemos

E a outra parte é a influência

De tudo que fazemos parte

Portanto, nesse momento

Não creio no processo puro de escolha

Até mesmo porque

Ninguém escolhe sofrer

É processo natural

De todo ser

Buscar pra si as melhores coisas

Chorar menos e sorrir

As vezes eu me canso

Das lutas do cotidiano

E esse meu cansaço

Não é por um acaso

É ela oriunda

De minha história

Minhas vitórias

Mas também das minhas derrotas

Assim como outras tantas pessoas

E como cada um tem sua rota de fuga

Essa foi minha escolha

Ao invés de me fechar numa bolha

Dar vazão aos meus sentimentos

Utilizando as palavras

Uma a uma arrumadas

E lançá-las no vento

Assim a cada leitura

Doei uma pequena fatia

De cada um dos sentimentos

Que me ocupam por dentro

Livrando-me da amargura

E quanto a minha felicidade

Só posso dizer ser esta

Igual a da grande maioria

Fracionada em porções

Por também ser a vida

Palco para as tantas tragédias

Assim eu defino

Ser a felicidade um momento

Sucedido por tantos outros sentimentos

E para finalizar

Peço por gentileza

Me permita deixar sair

Tudo que habita em mim

Não para assustar

Mas como forma de curar

E deixar a vida se encarregar

Pelos caminhos que irei passar

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 27/11/2023
Reeditado em 27/11/2023
Código do texto: T7941797
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