Identidade Legítima
Sou o vento a acariciar os canaviais
Sou as ondas a beijar as rochas
Sou os pássaros no cantar das manhãs
Sou o orvalho que toca os cafezais
Sou o rio que corre e corre para o mar
Sou o coração que pulsa forte ao sonhar
Estou nas lágrimas que deslizam num rosto feliz
Estou nas ruas livres que levam a Paris.
Estou nas estações dos últimos riscados.
Não cabe borrados, rabiscos nem esbarros
É preto no branco, é choro e não ciscos.
É identidade legítima, olhos nos olhos, crivos.