Um Cafuné no Futuro
Quem tocará as mãos no futuro agora
A pedir que espere, que tenha calma?
Há alguns lodos espalhados e cegueira
Falta a luz do vaga-lume, tem ribanceira.
No cantar dos pássaros nasce um novo dia
E a vida recomeça com toda sua energia
O futuro apresenta-se nos ponteiros da sala
Bate forte, junto pulsa um velho coração que fala.
A chuva cai a embaçar os olhos e as vidraças
E vem a noite a mergulhar nas negras sombras,
Sombras das paredes encardidas dessa alma
De ricas histórias que se escondem nas janelas
Da vida, nas páginas quentes e amarelas.