Espaço de Aço
Há um vazio que mareia as retinas
Espaço de aço envolta a neblinas,
Há uma busca que aperta o pensar
Um logaritmo, uma textura molecular.
Há um dilúvio na forma de ver e amar,
Passos perfumados na beira do ninho
Desenhos rabiscadas, logros espinhos,
Rosas a cheirar, domingos sombrios.
O falar regado a trevos come o horizonte
Enquanto o vazio passeia nas pontes.
Nos pontos sensíveis onde dorme a coragem
Permeiam os sentidos e vem qual imagem.