Cativa do amor
Sou eterna cativa
Esse sentimento me escravizou
Não acho a saída
Não acaba essa solidão
Por mais que minhas pernas sigam
Noutra direção
Preso eternamente
Está meu coração
Não são visíveis as correntes
Nem as grades dessa prisão
Mas sou cativa
Presa também a solidão
É um viver sem vida
É estar na luz como se estivesse na escuridão
Só há sombras
Espectros vagando
Uma dor que me alucina
Da garganta sai o grito
Meu pedido de socorro
Mas aos ouvidos
É totalmente inaudível
É um grito de horror
Pelo tanto que é sofrido
Esse infinito amor
Que é minhas correntes
Minhas grades dessa prisão
E sigo assim cativa
Com o coração na mão
Que do peito foi arrancado
Em uma tentativa vã
De assim me libertar
O choro eu cessar
Dessas grades me libertar
Mas ainda sigo
Presa à essa prisão
E tudo que posso
Tento sem sucesso
Permanece o coração na mão
Sigo cativa
Nessa vida sem vida
Sem a tua visão
A alma oprimida
Enquanto as expectativas
Uma a uma vão findando
Seu tempo de vida
E mais sou contida
Nas grades dessa prisão
Apenas você tem as chaves
Que abrem essas grades
Para fazer-me cativa
Nos teus braços longos
Devolvendo-me a vida
E todos os sonhos