BARBÁRIE À MODA DA CASA
BARBÁRIE À MODA DA CASA
A barbárie voltou à moda da casa,
Com mais povos sem voz e valor,
Tendo o suplício sendo chacota,
De quem deve agir com pundonor.
Se o leão acuado for atacar,
O caçador dirá que é injustiça,
Pois a narrativa é seu avatar,
Disfarçando toda sua malícia.
Em nome de cada genocídio,
Os senhores agem com recortes,
E por não ter Cristo no ofício,
Às vezes provocam mais mortes.
Em nome dos erros de outrora,
Os países agem com a mesma faca,
Matam César, Zumbi e Pandora,
Mas soltam os diabos na praça.
Hoje a tônica é Ucrânia ou Síria,
Mas não percebem a dor Palestina,
Como temos problemas na Líbia,
Mas também na seca nordestina.
A miséria se espalha e viceja,
Pois existem Senhores da guerra,
Se idolatram ter Ares e pelejas,
Como festivais de lobo e pantera.
Imaginem recriarmos cada Coliseu,
Não para as artes de som e teatro,
Mas para lutas de quem não morreu,
Pois serão decapitados num prato.
Como podem viver sem ter paz?
Como posso viver sem liberdade?
São questões que não calam jamais,
Pois o mundo não é casa de Sade.
Revidar os tapas que se recebe,
É única idéia de quem foi Talião,
E difere do amor que não fere,
Mas que clama por paz e perdão.