Folhas de Papéis em Branco
Dobro-me tal qual a folha de papel em branco
Rabisco algumas linhas sorvendo os enganos
Risco do inconsciente a tirar os desenganos
Mas na frágil linha caem todos os prantos.
Quantas linhas borradas e papéis amassados
A lixeira cheia chora com o meu passado
Um caderno novo com caneta forte e fina
Rege a orquestra de toda uma vida.
És o momento de uma nova partida
Dirigir sem contramão por grandes avenidas
Olhando os sinais que a consciência indica
Sem o banco dos réus de contrapartida.