Valentina Rasgo o tempo e invado os bosques Não sou lamento nem busco ao norte Não sou deserto nem luz do poste Não quero a vida menos que a morte. Pego no solavanco a estrada do destino Onde acampo toco o berrante menino. Não quebro a linha, sou Leão do Norte Entre os dentes um palito mastiga a sorte Nas braçadas a nado histórias com porte. Não perco os trilhos mesmo desdentados O pente que penteia ara também cerrados Há certidão de passagem no meu nome. Não beberei do vil líquido tinto de sangue, Sequer os desafios que a cegueira consome.