Madrugada Fria
Tímida manhã advinda de uma madrugada fria.
Sem o gosto da terra, sem o sabor das amoras,
Sem o doce orvalho, sem o néctar das flores;
Sem o prazer dos dedos a dedilhar o amor.
Tímida madrugada de uma noite rugosa.
Um cavalo parte a toda do pasto,
Acena na colina e some.
Nas mãos ficou a bailar a solidão.
A paixão do amor deitou no tempo
E dormiu como um menino.