Roberto e Maria observa o tempo
tão generoso com ar tão gostoso
que logo em breve tende esfriar.
As ruas desertas, a chuva pequena
talvez tão serena, não demora tudo molhar.
Bom de ouvir
o murmurar das ondas como acalanto
e lágrimas em prantos
que a natureza vem derramar.
O barulho da chuva
o remanso das águas
as cascatas vibrantes
trazendo de longe
muito distantes,
os sons dos trovões
avisando que o toro
não demora chegar
E logo se ouve os pingos miúdo
enchendo os lagos espelho do céu,
de águas tão claras
mostrando a imagem tão linda e fiel.
Jorros correndo,
ruas a fora levando
tudo que há pela frente.
alagando os canteiros,
quase arrancando,
vão se dobrando.
As aves cantando
em tom estridente.
Mau tempo de veras molhando
a roupa,
no sopro da tempestade e vento,
arrepia os pelos do braço,
até o coração bate lento.
Roberto e Maria caminham nas ruas,
debaixo das gotas não importa com nada,
mas,
agarrados em beijos ardentes
protegem da chuva que toca com força,
molhando a gente
Menina sapeca com seu namorado
amando na chuva,
beijando na boca
em amasso tão quentes
Roberto e Maria
na chuva tão fria
não liga pra nada
nestes momentos só quer é amar.
Chegando à casa Roberto
e Maria se abriga do tempo
tão frio insistente,
momento romântico
é tempo de amar,
nas bicas das calhas
as águas escorrem
formando um barulho que desce
as ruas enchendo
os rios e corredeiras
grandes volumes nas cachoeiras,
até parece nunca esvaziar.
antonio herrero portilho/20/3/2013