Na Janela do Destino
Tantos desencontros no caminhar da vida!
Folhas abertas, histórias pela metade, fardos
Falta enredo na história, concisão e pontos.
Partes de um todo paredes separam,
Ruas, cidades e estados separam.
Há um silêncio que o sino não acorda,
Manchas que desbotaram a própria vida
Paralelas que não se encontram, quântica
Vãos que não serão preenchidos na boca.
Um torpe momento a fuzilar a emoção,
Uma película impede a visão do outro coração.
A distância é um insulto ao que existia
A ofuscar à transparência que teria.
Houve um adeus nas idas e vindas de então,
Um clamor renitente que sufocou a paixão.
Numa trajetória cética e sem sentido Zeus
Dessa feita, na janela do destino, ficou só Eu.