Nova Morada

 

A porta entre-aberta me espreita,

De longe olho para ela tão estreita,

Sigo envolvida por uma luz rara.

Por certo alguém lá me espera.

 

Difícil será soltar a carcaça

O que me prende se larga da carne, lança

O que me solta mergulha em água rasa

Voo suave em que a alma alcança.

 

Corpo cansado se agarra ao presente

Que no hoje tão frágil se põe a pensar

Que o fim é o começo em outra cidade

Já a luz invade na nova forma de amar.