Almas acorrentadas
Enebriente é poder se ver
Fora do espelho que nos vêem
Imagem pura
Por mais dura
Que foi a vida que a fez
Ver-se sem julgamentos
Dar liberdade aos sentimentos
É poder voar
Alto no céu azul
Sem precisar
Com o que irão pensar
É escolher a felicidade
Não a alegria
Escolher o que todos os dias
Exigirá teu empenho
Será tua escolha
Não somos seres perfeitos
E nunca seremos
Todos possuem uma grande parte boa
E uma outra pequena que nem tanto
E nisso está a escolha
Quando a felicidade optamos
Focar no que tem relevância
Realmente tem importância
E deixar de se preocupar
Com o que pensam
Ou vão julgar
No final da jornada
Não é se o outro foi feliz
Que irá importar
Mas se escolhi o que eu quis
E a felicidade vivi
Mas quase sempre nos esquecemos
Nos pegamos em coisas pequenas
Coisas que se explicam
Ou que se modificam
Porém nesses momentos
Nossos pensamentos
Não ficam na pessoa
Onde a felicidade está
Se desprende e voa
Para o que os outros vão pensar
E o que era perdoável
O que se podia consertar
Vira muro intransponível
Onde a felicidade não se está
E duas almas apaixonadas
Com o coração ardendo de amor
Viram sombras desoladas
Almas Acorrentadas
Em lágrimas e dor
Seguem assim pra sempre
Fingindo que tudo acabou