Polo Um instante e estou diante da vida Parece uma avenida toda colorida Arborizada a trajar-se doura e florida Alça que voa e alcança o topo vestida. Nela puzilanime robustez esbalda E na minha vontade cruza distraída Como uma seta vai e fere atrevida A marcar território num coração que revida O circuito solta e prende no solo o polo No centro, em blocos, um vasto dolo Há verdades nesse infinito colo Diante tamanha avenida o começo. Nas curvas das ruas deixo-me levar e danço.