O Balançar da Saudade

 

De que saudade posso falar

Se o que cala no peito

Arrebenta na alma e explode nas ruas?

Cada passo dado a saudade planta

Uma nova esperança do que não é mais sua.

 

Trôpegos caminhos a buscar o imaginário,

Íngremes caminhos tão embriagados.

Paredes que calam mas que guardam

Lembranças,

Porta que toca e não trás semelhança.

 

Saudade revestida de magia

Sem mistura fulgas, sem remédios,

Sem solidão, sem tédio.

Simplesmente uma saudade

Que descansa numa cadeira vazia.