UM BOM PAI, UM BOM FILHO

UM BOM PAI, UM BOM FILHO

 

Um bom pai sempre fita o horizonte,

Em busca de se antecipar à tormenta,

E estará marcado por sério semblante,

Vez que é o guarda que nos alimenta.

 

E um bom filho é o que tem respeito,

Seja pelo pai, mesmo que não o veja,

Pois à mãe, essa lhe deu o seu peito,

E um bom sujeito com eles sossega.

 

Nos beirais de entrada das casas,

Fim de tarde, sol poente e a lua,

Tem casais com o café e torradas,

Celebrando que a noite não é nua.

 

Eles contam estrelas com a Dalva,

E profetizam sobre fadas e corujas,

Ouvem uivos de guarás e lhes salva,

Na alegria de uma noite sem chuva.

 

E mais tarde, reunidos na sala,

Oram ante o altar com os santos,

Pedem a paz e a saúde que afaga,

Fazem a cama como o seu recanto.

 

Os filhos de corujas ou cabras,

Serão belos aos olhos fraternos,

E não diga que a verdade estraga,

Pois a traça comerá os cadernos.

 

Sempre celebre os dias que falam,

Mas resguarde retratos e quadros,

E, podendo, escreva o que faltam,

Na memória que esquece estragos.

 

Ser o pai ou o filho é um caminho,

Donde a luz seguirá pelo Universo,

Tendo cada ancestral por padrinho,

E as mães que declamam os versos.