Status Quo

 

Meu latim status quo acorda as razões,

Meu português farto cai no asfalto,

A caminhada solitária cria sermões.

A noite a boca faz preleções

Enquanto leio Os Lusíadas de Camões. 

 

O lençol de bilro ficou amarrotado,

Sofreu calado com a minha inquietude.

As linhas escritas nas paredes da sala

Já estão borradas e agonizam a miúde.

 

Enquanto um só homem precisar da fala,

Lerei sem digressão tudo que me caiba,

Comerei o mundo a devolver histórias

Que entrecruzem sons e idealismo.