Pingos da Chuva nas Vidraças
Ao escrever sinto a respiração ofegante,
O sangue corre livre, intenso e vivo.
Nessa hora aproximo-me das vidraças
Chove muito e são pingos de chuva forte
Que Cortam o silêncio das calçadas.
Pelas janelas vejo passar pessoas
Elas trazem a construção dos versos,
Espreito mais e mais todos os gestos.
Elas têm arsenal, limpidez e mitos.
Pela janela passam os meus gritos.