Estranho meu

Sou ativista do inativo

porque vibro com meus sonhos não vividos.

Emociono-me com o que não tenho sentido.

Lembro-me do que sempre foi esquecido.

Sou o belo que não se viu.

Juventude que do nada envelheceu,

vida de quem nunca viveu,

morte de quem sequer nasceu.

Não me conheço.

Sou o estranho meu,

fé e crença de ateu.

Prazer em não me conhecer!

- É só o que posso dizer.

(Do livro Abstratos poéticos)