No chão

A lua, até que enfim,

(- Quem diria!)

vai pousar no meu jardim,

deslizando

em meu rosto

e abraçando meu

corpo.

Tão docemente

e amável!

Nenhuma outra intenção,

(lua que venero

e que me enche de paixão),

deitada comigo,

aqui no chão.

(Do livro Abstratos poéticos)