Amar-te... vida em mim

Sinto-me doente, de tanto sentir.

Enlouquece-me este estar a sós comigo.

Vem, amor, eu estou só e tão sofrido,

Que melhor seria saber-me mentir.

Ah, mas mentir, mente quem pode,

Não sofre revés, de ato insano.

Mas eu ingênuo me descambo,

Sofrendo a dor, de ser meu nome.

Sempre o tempo há de correr,

Menos a loucura sem retorno.

E inda que eu morra ao abandono,

Serás tu, razão e vida, de meu viver.

Que todas as lágrimas, fossem aqui.

E o mar, que houvesse de trazê-las,

Eram estas minhas mãos, a enternecê-las

E todo o meu querer, estar junto a ti.

(17/12/04)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/12/2004
Código do texto: T785