No Fechar das Cortinas

 

Mostre a tua face, encare os desvarios.

Não se esconda como um logro,

Tua mente doentia rasga a carne,

Destrona inocente, exalta covardes.

 

Não fique atrás da cortina, apresente-se

O show é agora, és o mocinho ou o vilão?

É no palco que lamentas, enganas e chora.

Por trás da cortina fere a quem te adora.

 

A faca simbolicamente apresentada 

Defesa de um inocente em desespero, 

Apunhalou a sorte, acelerou o destino

Sórdido, macabro, a ferir o sentido.

 

A trama muito bem arquitetada continua

Mas ainda não é chegada a hora do desfecho,

Que Shakespeare faça-se presente no drama.