Escopo do Norte

 

São as marcas das mãos,

São as marcas do tempo,

É a falta do mel,

É a força do vento;

 

Foi a pancada da chuva,

Foi o fel em lamento.

A vida em demanda

Um quebranto momento.

 

No casulo obscuro

Estão as cartas em defesa.

Que espalhadas na mesa

Trás a vil confissão. 

 

E de tanta trapaça

Aprendi trapacear.

São as marcas na boca,

Mente e coração.

São os trapos da sorte

Aliciando a razão.

 

É o paço e o poço,

É a vida e a morte,

É o gosto e o desgosto,

É o escopo do norte.