Camafeu
Nozes se abrem
(prensadas),
como olhos sonâmbulos
em altas madrugadas.
Morder os olhos,
sentir o sabor,
e degustar lentamente
semente por semente.
Depois o vento
volta e
sacode a Nogueira.
Outros olhos
brancos:
inefável Camafeu.
(Do livro Abstratos poéticos)