ONDE ESTARÁS?
Em qual lugar
das oníricas procissões
te escondes, meu amor !?
Meu pensamento
anda fatigado,
resiste, trôpego,
busca alcançar-te
num devaneio.
A esperança,
quase fugidia,
ameaça deixar-me
ao desalento.
A desilusão quer
segurar-me a mão,
até a ilusão faltou-me agora.
O que restará
debaixo do tapete vazio ?
O pó,
tão-só
a encardir-me a alma,
entardecer-me o destino.
Onde estarás ?
A voz da noite
é a lágrima do abandono,
o silêncio, grito do adeus,
a solidão,
mensageira do amanhã.
Está na hora de partir,
não há mais estrelas para contar
nem contar com elas
na escuridão
da tua ausência.