Veneza Brasileira

 

Recife, quadro expressionista,

Cujos sombreados brota consciência.

Entre luzes e cores que iluminam o cais

Entre pontes e velhos sobrados coloridos. 

 

Recife, cidade que abraça os rios,

Ponte humana entre os bosques.

Cidade de praças e de povo valente.

Veneza brasileira de calmaria,

Das relicárias igrejas, museus e praias.

Expressão da maior condição humana.

 

Recife, tens em teu entorno belas pontes

Com proteções de ferros bordados,

Ponte Mauricio de Nassau, Princesa Izabel,

Giratória que cortam o Rio Capibaribe. 

Mangue-vermelho, branco, capim elefante.

Cidade-ave, jangadeiros e jangadas a vela.

 

Terra da pitomba, dos coqueirais, araçás 

Das jacas, jabuticabas e jambeiros.

Cidade de grandes misturas e valores.

Sobrados com marcas históricas,

Árabes, holandeses, portugueses.

Caminho de pedras, litoral de colonos,

De turistas e passistas.

 

Recife dos saudosos carnavais,

Do Galo da Madrugada a Zé Pereira.

Amada, és a menina mais linda,

Mostra tua história, alimenta teus mitos

No grito forte dos cablocos de lança,

Maracatu Leão Coroado; blocos da

saudade e tambores silenciosos.

 

És cidade de  Luiz Gonzaga, Alceu

Valença, Ariano Suassuna, Haidée Camelo.

Recife dos balangandãs, das cores das manhãs.

Cidade, tuas noites na beira do cais acorda

Brennand, o mar contempla a sua obra.

Rua do Bom Jesus(Recife Antigo)