AO VENTO, VOU SER VENDAVAIS

AO VENTO, VOU SER VENDAVAIS

 

Quando o vento mandou tempestade,

Talvez tenha sido apenas resposta,

Ou poderia ser aviso ou saudade,

De todas conquistas e apostas.

 

Os homens só demonstram querer,

Mas não aprenderam a partilhar,

Querem de tudo e a todos vencer,

Mas vencer às vezes pode matar.

 

E se não queremos morrer,

Porque o tempo é quem dirá,

Não tentem só me convencer,

De que eu não possa duvidar.

 

Onde estamos dependo do vento,

Seja terreno ou mesmo estelar,

Pois sou feito de um catavento,

Com o mistério que veio do mar.

 

Mas também sou um experimento,

Nessa bacia de terra e magia,

A viver e me tornar sedimento,

Pra que eu me declare energia.

 

E assim, vou migrar pelo cosmo,

E também atravessar os portais,

Visitar dimensões como eu posso,

E, ao vento, vou ser vendavais.