Oremos por eles
Quem é o pusilânime?
Quem é o pusilânime
Aquele que vive sua vida de hostilidade
Proporcionada por riquezas dais quais não são os verdadeiros donos
Temendo perder o que tem
Ignorando parentes próximos e distantes
Enxotando pedintes e mendigos que se apresentam á sua porta?
Quem é o pusilânime?
Aquele que sem ter o comer
Bate forte no peito com a mão fechada
E diz: Senhor, obrigado, eis que estou vivo e posso admirar tua grandeza!
Aquele que em paupérrima condição
Ao pedinte que passa, divide suas migalhas,
E oferece de sua água em caneca sem luxo
E diz ainda, Coragem amigo, o dia longo e percalçado
Se refrigera, e a lida continua até que a depuração nos liberte...
Quem é o pusilânime
O que em sua picape de última geração
Se compraz em espargir pútridos lamacentos comuns em cidades,
sobre o companheiro, às vezes
Uma professora indo ao encontro de seu aprendizes
Um ser, dentro de sua humilde vestimenta,
mas a melhor dentre as que tem,
Que antes que o dia amanhecesse saiu
a procura de um serviço, um trabalho,
uma diária que lhe garanta o almoço ou o jantar para os filhos
que, como passarinhos ficaram de bico abertos esperando a mãe chegar com a comida...
Quem é o pusilânime?
Aquele que se compraz em dizer
Você esta demitido! Auscultando os olhos do ouvinte
Muitas vezes em desespero imediato, na opróbrio esperança de ver
O brilho alegre dos olhos de quem há pouco tinha um serviço
Através do qual sustentava a família e,
Às vezes ajudava o vizinho desempregado,
Ou então garantia o remédio de um parente enfermo?
Ou será esse que ouvi as palavras fatais e cortantes
Que lhe traz inúmeras inseguranças
Desestruturando-lhe pisco-emocio-exitencial-religiosa-etcmente?
É covardia sentir tanto medo?
Quem é o pusilânime?
Aquele que sorrir para ti
A dizer que de afeiçoa
No entanto
Às mas obscuras e negras sombras e profundas regiões de sua mente
Na verdade procura uma forma de destruir, o indestrutível ser que
Se lhe apresentou, não ele a si, mais a conjunção de um serie de eventos,
Para contribuir com aquele de sorrio ao mesmo tempo cativante,
Pérfido e macabro?
Por que, nesse caso, não dizer
Com palavras sutis a verdade
Pois sendo a verdade o que é,
Que mal pode fazer?
E se é verdade que não se alimenta por alguém
Um amor que talvez esse alguém espere
O que é pior:
Dizer-lhe, esclarecendo a verdade,
Ou alimentar-lhe, consciente de que não poderá corresponder,
Seus sonhos mais pueris?
Dizei-me vós o que é ser pusilânime!
Aquele que permanece num emprego contrariando seus princípios mais profundos
Ou aquele que por esses princípios é dilacerado pelas bestas e jogado semimorto à rua?
Aquele que sabe o que se passar sobre o que se considera amigo,
Mas que, no entanto
Se finge nada saber
E leva uma vida aparentemente tranqüila,
Porem tem sua consciência aguilhoada de dardos extrafinos,
Na hora de seu sono,
Na hora de seu descanso,
Na hora de sua sesta,
E, mesmo, até o ponto de ser a toda hora,
Uma lembrança constante,
Como ver-se a si mesmo como quem abdicou,
De um amizade que não mais pode ser natural
Pois que, traumas escondidos, roubam dos que eram para ser velhos amigos
A naturalidade dos atos, e a sorrir mister se faz antes levantar, sobre cada um
Dos músculos responsáveis por esse ato, toneladas e toneladas
De constrangimentos, pois que assim os conhecidos,
Todavia por parte daquele que evita a visita do agora conhecido,
Para si caído, e que apenas sobre o efeito de entorpecentes
Lhe surge a coragem de falar,
Mesmo assim, com voz pérfida e frugal...
Quem nenhum nem outro seja pusilânime,
E o esquecimento, nem de um pela parte do outro,
Nem do outro pela parte do um...!
Mas que para que o mal vá de encontro com o homem ou a mulher
Que labora todo dia, cultivando assim, pequenas pétalas de rosas comestíveis
Os atinja, um pusilânime se esconde entre as flores, e acoitado pelo mau,
Se compraz com o pretendido mal que poderia causar aqueles fortes de espírito,
Protegidos e cercados por anjos de Deus!
Todavia, nem todos tem essa preparação, por ignorância as vezes, e esses sofrem por demais...
Oremos por eles para que suportem,
Mas principalmente por aqueles que se comprazem com o sofrimento alheio,
Ainda mais se foram causados por eles...