Tempo
No tempo que nos damos
Ao olhar internamente
Descobrimos labirintos
Escondidos completamente
Tanto nos omitimos
Que de tudo que vimos
Quase ninguém deixamos olhar
Somos aquilo que ninguém vê
E cada um que nos descrever
Dirá sobre outro ser
Somos uma coleção de histórias,
Coleção de memórias,
De dores que ninguém sabe,
De delícias,
De pecados,
Também somos bondades,
Vivemos tragédias,
Alguns sucessos,
Sentimentos eternos
Outros efêmeros,
Alguns dolorosos
E muitos pensamentos.
Se definir é se limitar
É como um texto finalizar
Mas ao reler
Achamos mais para registrar
Somos um eterno parênteses em aberto,
Enquanto nossa eternidade durar
E cada dia é enfim
Oportunidade de melhorar
Dos erros acertar
Do perdão solicitar
Do amor melhor cuidar