Como seria

Na penumbra do meu quarto

Vislumbrei por uma fresta

Um faixo de luz

Que brincava sem modéstia

Refletindo cores

Em sutis movimentos

Registrados nesse fragmento

Nesse instante minha mente

Voou sem perceber

Entre tempos esquecidos

Memórias do meu crescer

Veio de volta

Nessas memórias

Medos e sonhos que me vi viver

Nesse instante registrado

Na luz desse pequeno espaço

Me vi reviver

A saudade do que não tive

As respostas que tanto quis ter

A chegada esperada

O abraço a me envolver

E sem perceber

Meus olhos se transformaram

Em um rio a verter

Suas águas incontroláveis

Por voltar a entender

Enquanto a penumbra era vencida

Pela luz que invadia

Cada espaço que podia

Do meu quarto

Da minha cama fria

Mais doía minha alma

Mais lágrimas desciam

E por breve instante

Mil outras perguntas eu me fazia

Na mente repetia

Como seria

Se teu amor fosse meu

Se eu fosse tua poesia

Se teu assovio fosse o que me descrevia

Se o sorriso ao despertar

Fosse por de mim lembrar

Se eu fosse pra você

Teu amor tão esperado

Se eu fosse a tua paz

A calma que te faz

Se eu fosse o teu porto

Teu desejo de ficar

O lugar para morar

Se eu fosse tua palavras nuas

Impedindo segredos

Se eu fosse a surpresa

Que te enche a alma

E segura na palma

Se eu fosse o encontro

Do que um dia foi teu sonho

Me pergunto nesse plano

Enquanto a penumbra se faz dia

E a vida traz à superfície

Tudo que ninguém disse

Onde sob a luz

Agora tudo jaz

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 13/07/2023
Reeditado em 13/07/2023
Código do texto: T7836294
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