Jogo do Contente
Calos na alma de tanto caminhar
Na terra fofa, na terra empoçada,
Na terra íngreme, na beira da estrada.
O barro que sou escreve meu tudo
Ou escreve, nessa terra, o meu nada.
Nova roupagem, um batom vermelho
Afrouxo a saudade sem argumentos,
Repagino a paisagem em pensamento
Faço uma releitura e aperto o tempo.
Vou indo, me deixa passar tenho fome
E sede de um mundo que não conheço.
Sempre me ensinaram e muito bem
A fazer o jogo do contente desde o começo.