Sons do Silêncio
Na calada da noite minh'alma brota
Garbosas sementes que do âmago flora
Meu ser andarilho no momento escuro
Cobre as páginas de claro a obscuro.
Há noites que faço da rede poesia
Balanço nos versos a minha nostalgia.
Sinto os sons que o silêncio trás
Parece melodia na beira do cais.
Toda minha luz vagueia mundo afora
Toma-me de assalto em cada vão da hora
Se cruzo pela noite tal qual fugitiva
Acordo a cidade no rebuscar da lira.