MEUS DIAS INCRÍVEIS

MEUS DIAS INCRÍVEIS

 

Todos os dias eu mudo de lugar,

Mesmo quando me acho estático,

Pois o nosso mundo vai a girar,

E a vagar no espaço galático.

 

Tudo isso me faz relembrar,

Que datamos a nossa história,

Como se fossemos testemunhar,

O que seriam dias de glória.

 

Mas os dias são diferentes sempre,

Seja aqui ou em qualquer planeta,

Ou com elefante e rosa presentes,

Numa fábula de príncipe e cometa.

 

E eu veria a jibóia engolindo,

Ou seria o chapéu no elefante,

E ouviria a raposa e o menino,

A sonhar diante do horizonte.

 

Contaria cada estrela cadente,

Pois o meu chão é tudo que tenho,

Donde vejo norte, sul e oriente,

Pois o ocidente é meu desempenho.

 

Eu queria ser também como gêmeos,

E olhar para dois lados e pronto,

Desenhando bichos mais ingênuos,

Pois a raposa me narra um conto.

 

Até mesmo com o gato de Alice,

Tudo pode ocorrer num segundo,

Que se foi pela mão do artífice,

Ou vingou nos giros do mundo.

 

Quero ter os meus dias incríveis,

Seja quatro, oito ou vinte e dois,

Mas quatorze ou trinta são níveis,

Que demonstram o feminino em nós.

 

Quero poder desfrutar da família,

E é essa prole que me dá motivos,

Pois o inimigo me leva à bastilha,

Mas o consolo é o amor que cativo.

 

E quem não sabe porquê as datas,

Eu lhes digo que é nosso registro,

Pois não seremos os psicopatas,

Que nos querem como quer Mefisto.