Línguas Mentoladas
Nas minhas linhas cruzadas, tricotadas,
Nas rugas profundas e sedimentadas,
Nos beijos perdidos em línguas mentoladas
Encontram-se estradas pavimentadas.
Na pancada do vento a minha pancada,
No encontro o desencontro do nada,
Dos desenganos histórias rebocadas,
O tédio a comer pelas cantos a dor salgada.
De tudo plantado nasce o sabor doce
De tudo arrancado morre a amarga posse.
O café da manhã acorda a minha liberdade
Na mistura dos sabores intensos, a verdade.
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