A Travessia do Oceano

 

Jamais deixarei de ouvir a voz do mundo,

Sons dos pássaros, dos mares, do vento

Ou imagens, gestos, cores, licores, flores,

Ou cheiro de amor que aliviam as dores.

 

Jamais esquecerei a primavera que dorme

Nem os verões que esquentam os desejos,

Nem os pés lotados dos bons figos,

Os comerei antes que a saudade me dome. 

 

Colherei laranjas tiradas de Boliqueime,

Algarve, Lado sul das terras portuguesas,

Dos navegadores, pescadores e sufistas.

Saborearei o pão de Deus, Pastel de Belém,

Ovos Moles e sonhos de crianças. 

 

Passearei em Vilamoura, irei ao casino,

Na Marina, nas cafeterias de Quarteira,

Irei no Campos de Golfe, praia da Falésia, 

No Zoomarine para curtir a tarde inteira.

Cruzarei os mares com a alma Portuguesa.

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