Enigma Existencial
Um dia que começa no abrir dos olhos
Mais um dia de clara luz e de revoadas,
Um dia de algozes, saberes e ressacas
Onde me acho e me perco nos Foz.
Fração, grão de areia, jorrar de poeiras
Tudo embasa, embaraça nessas incertezas.
Muitas direções, sermões, sensações
E o tempo corre, foge, eu sem verões.
Verdades, fantasias, orgias e tesão
Tudo sapateando no bater do coração,
Tudo computando no pesar dos contos,
Onde releio pelas topadas e relevos.
Onde fui tocada? Onde abatida?
Nem a gota d'água repara a minha sina
Onde sou agreste? Onde fui sertão?
A caixa preta desapareceu do avião.
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