As Margens dos Rios
Meus olhos cansados, embaçados
Vislumbram as margens dos rios,
Cortam a ponte Duarte Coelho,
Do Rio Capibaribe ao Beberibe,
Viajam nos dias de céu azul anil.
Meus olhos cansados e perdidos
Vai do Rio Capibaribe aos oceanos
Ficam vívidos diante das árvores em torno.
Meus olhos atentos buscam a tempo
Um passeio pela vida dos rios em abandono.
Meus olhos apressados, presos aos relógios
Não viam como hoje os rios sem pedágios
Ele sempre esteveram ali sem os meus abraços
Precisei envelhecer pra ver seus encantos,
A ação do homem ao deixá-los em desencanto.
Ao odor fétido por águas poluídas pelos lixos.
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