Alma
Eu moro em mim
Tentei sair
Tentei permitir
Mas voltei à mim
Abri as janelas
Outras deixei entre-abertas
Quis sentir
O vento soprando
Minha pele tocando
Permiti
Quis sentir
O sopro de afetos raros
À mim muito caros
Permiti
Minhas portas abri
Nunca o fiz
À você permiti
Te quis sentir
Te permiti adentrar
Por meus cômodos
Repletos corredores
Vazios de amores
Te concenti
Na minha varanda
Te servi
Minha vida te permiti
Guardei de ti
Pouca coisa
Uma caixa onde escondi
Minhas feridas
Mágoas antigas
Outras feitas por ti
Essa não te permiti
Mas soube dela
E não ficou aqui
Agora guardo nela
Outra mágoa feita por ti