Entre Fronteiras
Nas vertentes onde escondo minha agonia,
Onde o doce lado ameniza o lado amargo
Nasce e morre uma paixão em liturgia
Foi das trincheiras que divide a virgilia
O coração relutante e sem serventia.
Terminam as verdades entre as fronteiras,
Na divisa um coração arranhado de incertezas.
Na geografia mapea-se os defeitos das rodovias,
Num canto sonhos dos instantes de fantasias.
Nem tudo está perdido há o vale dos amores,
Há uma bica das bençãos num canto elegante,
Caneta e papel registra a dor do passante
"Tudo como dantes como no quartel de Abrantes".
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