AS DEPRESSÕES ABRAÇAM

AS DEPRESSÕES ABRAÇAM

 

Quando as noites se achegam,

Sombreiam em meu arcabouço,

Mas nem sempre as luas chegam,

No mais escuro de um calabouço.

 

Sempre chegam as más sensações,

Quando as depressões me abraçam,

Mesmo até quando essas emoções,

Reclamam querer novas farsas.

 

Mas não podem andar desnudas,

Só sentido a luz das estrelas,

E nem se escondem das alturas,

De onde um gavião as espreita.

 

Serão essas as tuas emoções?

Ou serão as minhas angústias,

Ao viver somente com ilusões,

Quando o tempo é de astúcias.

 

Tudo contribui para os lapsos,

Com os avanços das tecnologias,

Pois não vejo onde me encaixo,

Sem o fuso de minhas poesias.

 

Se eu feri alguem com palavras,

Espero também já tê-lo tratado,

Pois palavras são como lavras,

Que alimentam os significados.

 

E essa busca ou encontro furtivo,

Chegará sob as brumas do bosque,

Onde andei mesmo sendo um cativo,

Com a candeia que lume o suporte.

 

Andarei com as minhas muletas,

Pois estou sempre fraco de medo,

Pois as quedas pelas sarjetas,

Não vieram à tarde, mas cedo.

 

Os inimigos estão sempre prontos,

Mesmo que nunca lhes dê o crédito,

Pois disfarçam a voz nos encontros,

Em que somos cordeiros e cegos.