Berço do Mundo
No berço do mundo deito o meu corpo
Mamo do leite da terra e nutro-me, vou ao topo.
Sinto-me embalada pela brisa vestida do novo,
Escrevo na areia estrumada pelo o povo.
Sou sinalizada pelas fronteiras coloridas,
Meus sapatos o solo pisa e seguem avenidas.
Meu chão é de barro e o caminho de asfalto,
Cantarolando sigo sempre dando salto.
Há um manto que cobre a tez carregada,
Um verniz que suaviza cada passada.
As flores no vaso enfeita o dia da sala vazia
E a porta da frente é um convite a alforria.
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